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A República Islâmica do Paquistão é o 5º país com maior perseguição religiosa do mundo e um dos países menos evangelizados do globo.

Foram contabilizados 512 grupos étnicos nesse país e desses, 504 são não alcançados.  98% da população é Islâmica e o restante se divide entre poucos cristãos e outras crenças como a Hinduísmo.

Ser cristão no Paquistão é uma decisão que pode custar a sua vida e a de seus familiares. Por isso, muitos cristãos fogem do Paquistão em busca de proteção.

A maioria dos cristãos que fogem do país foram acusados de blasfêmia, e passaram a ser perseguidos por seus patrões, vizinhos, familiares, líderes religiosos ou até por grupos terroristas como Talibã ou Al Qaeda.

As leis de blasfêmia do Paquistão a possibilidade de ser legalmente sentenciado a morte por se opor as verdades fundamentais da religião, a saber: Alá é o único Deus, o alcorão é um texto sagrado e Mohamed é o profeta.

Essa lei tem sido um instrumento de perseguição de religiões minoritárias.

Image by Muhammad Amer
Image by Levi Meir Clancy
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Igreja Cristã atingida após ataque terrorista a bomba no Paquistão

Onda de refugiados na Tailândia

Devido a perseguição religiosa, cristãos fogem do Paquistão desde sua independência em 1947. Mas apenas por volta de 2010 esses solicitantes de refúgio começaram a escolher a Tailândia como um de seus destinos.

Devido a permanente crise migratória no sudeste asiático causada por conflitos no Camboja, Vietnã, Laos e Myanmar, a Tailândia possui muitos escritórios do ACNUR (Alto Comissariado da Nações Unidas para Refugiados) espalhados pelo país. Através de uma pesquisa realizada pelos missionários da ETNOS em março de 2016, identificamos que a maioria dos refugiados paquistaneses vieram para a Tailândia buscando apoio dessa abundante estrutura da ONU no processo de reassentamento em terceiro país.

Entretanto ao chegar na Tailândia essa expectativa nunca se concretizou. Cerca de 95% das solicitações de asilo são rejeitadas pela ACNUR.

A ONU afirma que os casos são rejeitados por inconsistência ou falta de provas. Contudo, após investigar os reais motivos dessa alta taxa de rejeição, verificamos que existem fortes indícios de discriminação baseada na religião por parte do ACNUR, pois dentre os solicitantes de asilo de minorias mulçumanas o índice de rejeição cai para menos de 50%.

Outro fator apontado pela comunidade cristã é que o conteúdo de suas entrevistas é alterado pelo tradutor islâmico oferecido pelo próprio ACNUR.

 

Enquanto os refugiados esperam o longo processo de avaliação dos seus casos pelo ACNUR, seus vistos de turismo na Tailândia expiram, tornando os refugiados em imigrantes ilegais por não possuírem um visto válido.

 

Mesmo se um cristão tenha a carta de refúgio da ONU em mãos atestando seu status oficial de refugiado, para a Tailândia ele é um mero imigrante ilegal, pois a Tailândia não os reconhece como refugiados. Por isso não podem trabalhar e acessar serviços públicos em geral. 

A comunidade de cristãos refugiados vive escondida fugindo da polícia da imigração enquanto buscam por subempregos, muitas vezes análogos ao trabalho escravo, para sobreviver em Bangkok.

 

Quando eventualmente são capturados pela polícia da imigração, são encarcerados no centro de detenção de imigrantes. Onde até crianças são mantidas presas.

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Ação humanitária

Quando tivemos acesso a toda essa situação dos nossos irmãos paquistaneses, nossa primeira reação foi tentar retira-los da Tailândia buscando acolhimento em outros países, o que após inúmeras tentativas acabamos descobrindo ser impossível.

Simultaneamente apoiamos esses irmãos de forma emergencial. Na pesquisa realizada em 2016 identificamos muitos casos de problemas de saúde crônicos dentro da comunidade gerados por estresse, sedentarismo e má alimentação.

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Rede de Igrejas Caseiras e Desenvolvimento

Infelizmente quando esses irmãos tem seus pedidos de reassentamento negados, sua vida na Tailândia fica ainda mais restrita. Contudo, apesar das circunstâncias, sua fé em Cristo não é abalada. Antes, é o que os sustenta após tantos anos de sofrimento e perdas.

Esses irmãos continuam adorando Cristo em tudo o que fazem. Nosso obreiro local, Pastor Alef (nome fictício), organizou uma rede de igrejas caseiras nos cortiços de Bangkok e têm pastoreado e cuidado de cada membro dessa comunidade.

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Como resposta iniciamos um programa chamado Clínica na Bolsa, que era liderado por duas enfermeiras que faziam atendimentos básicos de saúde de casa em casa.

Também ajudamos com campanhas de doação de alimentos e roupas, apoiamos outras organizações com projetos de escola em casa e várias outras ações pontuais.

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Essa rede de igrejas tem feito um trabalho evangelístico fantástico e nos últimos meses novos paquistaneses, Indianos, Silks e Tailandeses têm se convertido a Cristo.

 

A Etnos está construindo uma rede de parceiros para iniciar em 2022 programas de microcrédito com as famílias de refugiados para que eles consigam prover seu próprio sustento básico.

 

Esses irmãos estão servindo a Deus no meio do caos e respondendo o Ide do Senhor em uma situação onde muitos até O rejeitariam.

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Rede de Igrejas Caseiras

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