Os Rohingyas
Os Rohingya são um grupo minoritário étnico muçulmano que vive em Mianmar há séculos. São considerados a minoria mais perseguida do mundo porque mesmo fazendo parte da história de um país por séculos, os Rohingyas não são reconhecidos como grupo étnico oficial em Mianmar. Muitos afirmam que isso se dá porque os Rohingyas são muçulmanos enquanto Mianmar é um país predominantemente budista.
Por não possuírem cidadania, faltam a eles direitos básicos, como acesso a serviços de saúde, educação e emprego. Em 2014, o governo de Mianmar disse a cerca de 1 milhão de Rohingyas para se registarem como “bengalis”, etnia predominante de Bangladesh, o que indicaria um status de imigrantes ilegais. Caso não se registrassem seriam excluídos.
Em 2017, ataques armados por parte do governo de Myanmar, de grupos étnicos rivais e extremistas budistas, forçaram milhares de Rohingya a fugir das suas casas no estado de Rakhine, em Mianmar. A maioria dos Rohingyas procurou refúgio no país vizinho, Bangladesh, que tem recursos e terras limitados para acolher refugiados.
A organização Humans Rights Watch descreveu as ações das forças de segurança de Mianmar como uma tentativa de limpeza étnica.
Desde então quase 1 milhão de Rohingyas vivem em um campo de refugiados em Bangladesh, na cidade de Cox's Bazar, o maior campo de refugiados do mundo.
No maior campo de refugiados do mundo, as condições humanitárias são as piores: os campo está superlotado, os acampamentos são apertados e inadequados, saneamento limitado e acesso deficiente a água potável. Eles também não tem acesso a saúde, educação e emprego. Possuem severas restrições em relação sua circulação dentro e aos arredores do campo. Por falta de autoridades, grupos armados, como milícias disputam cada espaço do campo. Mulheres e crianças estão altamente vulneráveis devido a falta de proteção.
Um povo não engajado
Segundo organizações missionárias que trabalham na pesquisa e catalogação de povos ainda não alcançados pelo evangelho, o povo Rohingya, além de não alcançado, é considerado um povo não engajado.
Não alcançados são etnias que possuem presença cristã, mas essa presença ainda não é suficiente para progredir com o evangelho pelas próximas gerações. Povos não engajados são etnias que não possuem presença de nenhum cristão entre eles.
Contudo, encontramos algumas famílias cristãs que foram evangelizadas em Myanmar no meio do povo Rohingya. Apesar de não terem bíblia em sua própria língua, eles se reúnem escondidos para aprender mais sobre Jesus.
No campo de refugiados em Bangladesh há cerca de 300 pessoas cristãs, que se reúnem regularmente escondidos dentro das casas improvisadas do campo. Também encontramos pastores entre eles, mas que possuem pouca preparação teológica e nenhuma outra ferramenta ministerial.
Nossa Meta
Estamos implementando nosso Programa de Desenvolvimento Comunitário (PDC) e treinando os poucos cristãos que moram dentro do campo de refugiados. Para conhecer nosso PDC, suas etapas e seus objetivos, clique no botão abaixo.
Estamos felizes também de incluir as mulheres cristãs Rohingyas no processo de treinamento. Elas serão as grandes evangelistas e agentes de transformação em suas comunidades e famílias.
Acreditamos que alcançar os Rohingyas, além de levar um povo que era não alcançado pelo evangelho a conhecer Jesus, é também um passo para devolução da sua dignidade humana, uma vez que seus direitos básicos foram retirados. Nós acreditamos que a transformação que Jesus realizada é integral e que veremos essa transformação plena na vida desse povo.
Além disso, a evangelização dos Rohingyas pode ser um passo importante para a evangelização de Bangladesh e de outros povos não alcançados nessa nação. Um povo sendo luz para outro povo, até que Todos O adorem!
